Subi a escada atrás dele. Tudo me parecia muito pouco real.
Eu estava a subir a escadas de um prédio no centro de Lisboa, com um homem que
conhecia há menos de 24 h, para um apartamento que não era o dele. Whatever...
Pensei! Apartamento acolhedor. Cores fortes, sobretudo quentes. Tapetes,
mantinhas e almofadas... os pormenores, como as velas coloridas no chão do
hall, as pedrinha verdes e azuis na casa de banho. Senti-me confortável e
aconcheguei-me no sofá depois de ter tirado os acessórios: brincos, relógio,
lenço.
- Durmo onde? Perguntei.
- Tu dormes na cama comigo!
Estava tão cansada que apenas pensava deitar-me e dormir. Deitei-me
vestida. Comecei a sentir o corpo dele tão perto do meu e a sua mão no meu
cabelo. Aquele toque era-me estranhamente confortável apesar de ser feito por
um desconhecido. A vontade de continuar a sentir as suas mãos no meu cabelo, o
seu toque suave na minha pele suplantou todas as barreiras inerentes ao facto
de sermos dois desconhecidos numa casa que não era nem de um nem do outro.
Mantive-me quieta, em silêncio... O toque valia por ele mesmo, sem passado ou
consequência. De repente senti as mãos dele na minha cintura, no espaço entre o
início das minhas calças e o limite da minha camisola e senti o seu corpo todo
encostado ao meu, a respiração no meu ouvido, aquele calor... que delicia! O
toque inicialmente inconsequente, tornou-se consequente nos sentidos que me
despertava, trincava os lábios para me acordar de tudo o que estava a
acontecer. O silêncio mantinha-se, apenas os nossos corpos comunicavam, o dele
que se colava ao meu, o meu que do dele não se queria descolar. E aquelas mãos,...
minha nossa... Virei-me! Disse-lhe na minha voz rouca:
-O que é que se passa aqui?
Seguiu-se o silêncio. Envolvi-o nos meus braços e desse
modo conheceu o meu toque. Senti-me ridícula por estar vestida e desconfortável
com isso. Tirei as calças! Deitei-me de lado. Senti o corpo dele encostado ao
meu. Dois corpos semi-nus que trocam calor, que se sentem um ao outro,... arrepiei-me
e pensei: bonito, isto agora ficou bem mais íntimo. E as mãos dele, o toque que
já não era ingénuo, claramente tendencioso e excitante,... e o silêncio e o
desejo dos corpos que sincronamente se movem numa melodia própria e
incontrolável. Posicionei-me de barriga para baixo, tronco apoiado nos cotovelos
e olhei para ele. A janela do tecto esconso permitia fazer entrar a luz da lua
que me permitiu ver o seu rosto tão próximo do meu. Em silêncio delineou os
meus lábios com os dedos, invadiu os meus olhos com os seus e num gesto
demorado beijou-me o queixo, a bochecha e eu adivinhei e desejei aquele beijo.
Beijámo-nos.
Beijei-o.
Ele correspondeu ao beijo. Estava ainda a dormir e é possível que no início
tenha tido alguma confusão, se era real ou um sonho o que estava a acontecer.
Os beijos tornaram-se mais intensos, mais quentes. Puxou-me para cima dele. Pela
primeira vez senti-o. Senti-o duro... Tirei o top. Todo aquele jogo de sedução
tinham-me deixado ao rubro. O meu corpo queria-o. As minhas mamas queriam ser
tocadas, os mamilos erectos desejavam a sua boca e o meu sexo... ai, como
estava. Trinco o lábio só de lembrar como estava quente e molhada ansiosa por
acolhê-lo no mais intimo de mim.
E fodemos. Fodemos até de manhã!
Ola :-)
ResponderEliminarPor casualidade de irmos a blogs comuns descobri o teu.
Gostei, fiquei seguidor, escreves com alma..e sabes fazer quem te lê visualizar..
Confesso, que vizualizei.. tudo..
Beijo*
TouOlharParaTi
Olá! obrigada pelo teu comentário. Fiquei curiosa. Visitei-te. A tua janela em que descreves o teu olhar indis(e)creto! Fiquei seguidora, por te saber numa qualquer janela - e eu não gosto de cortinas...
EliminarBeijo (nOs lábios)!