sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Momentos I: Subi a escada atrás dele.


Subi a escada atrás dele. Tudo me parecia muito pouco real. Eu estava a subir a escadas de um prédio no centro de Lisboa, com um homem que conhecia há menos de 24 h, para um apartamento que não era o dele. Whatever... Pensei! Apartamento acolhedor. Cores fortes, sobretudo quentes. Tapetes, mantinhas e almofadas... os pormenores, como as velas coloridas no chão do hall, as pedrinha verdes e azuis na casa de banho. Senti-me confortável e aconcheguei-me no sofá depois de ter tirado os acessórios: brincos, relógio, lenço.
- Durmo onde? Perguntei.
- Tu dormes na cama comigo!
Estava tão cansada que apenas pensava deitar-me e dormir. Deitei-me vestida. Comecei a sentir o corpo dele tão perto do meu e a sua mão no meu cabelo. Aquele toque era-me estranhamente confortável apesar de ser feito por um desconhecido. A vontade de continuar a sentir as suas mãos no meu cabelo, o seu toque suave na minha pele suplantou todas as barreiras inerentes ao facto de sermos dois desconhecidos numa casa que não era nem de um nem do outro. Mantive-me quieta, em silêncio... O toque valia por ele mesmo, sem passado ou consequência. De repente senti as mãos dele na minha cintura, no espaço entre o início das minhas calças e o limite da minha camisola e senti o seu corpo todo encostado ao meu, a respiração no meu ouvido, aquele calor... que delicia! O toque inicialmente inconsequente, tornou-se consequente nos sentidos que me despertava, trincava os lábios para me acordar de tudo o que estava a acontecer. O silêncio mantinha-se, apenas os nossos corpos comunicavam, o dele que se colava ao meu, o meu que do dele não se queria descolar. E aquelas mãos,... minha nossa... Virei-me! Disse-lhe na minha voz rouca:
-O que é que se passa aqui?
Seguiu-se o silêncio. Envolvi-o nos meus braços e desse modo conheceu o meu toque. Senti-me ridícula por estar vestida e desconfortável com isso. Tirei as calças! Deitei-me de lado. Senti o corpo dele encostado ao meu. Dois corpos semi-nus que trocam calor, que se sentem um ao outro,... arrepiei-me e pensei: bonito, isto agora ficou bem mais íntimo. E as mãos dele, o toque que já não era ingénuo, claramente tendencioso e excitante,... e o silêncio e o desejo dos corpos que sincronamente se movem numa melodia própria e incontrolável. Posicionei-me de barriga para baixo, tronco apoiado nos cotovelos e olhei para ele. A janela do tecto esconso permitia fazer entrar a luz da lua que me permitiu ver o seu rosto tão próximo do meu. Em silêncio delineou os meus lábios com os dedos, invadiu os meus olhos com os seus e num gesto demorado beijou-me o queixo, a bochecha e eu adivinhei e desejei aquele beijo. Beijámo-nos.
Beijei-o. Ele correspondeu ao beijo. Estava ainda a dormir e é possível que no início tenha tido alguma confusão, se era real ou um sonho o que estava a acontecer. Os beijos tornaram-se mais intensos, mais quentes. Puxou-me para cima dele. Pela primeira vez senti-o. Senti-o duro... Tirei o top. Todo aquele jogo de sedução tinham-me deixado ao rubro. O meu corpo queria-o. As minhas mamas queriam ser tocadas, os mamilos erectos desejavam a sua boca e o meu sexo... ai, como estava. Trinco o lábio só de lembrar como estava quente e molhada ansiosa por acolhê-lo no mais intimo de mim.


E fodemos. Fodemos até de manhã!

2 comentários:

  1. Ola :-)
    Por casualidade de irmos a blogs comuns descobri o teu.
    Gostei, fiquei seguidor, escreves com alma..e sabes fazer quem te lê visualizar..
    Confesso, que vizualizei.. tudo..

    Beijo*
    TouOlharParaTi

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá! obrigada pelo teu comentário. Fiquei curiosa. Visitei-te. A tua janela em que descreves o teu olhar indis(e)creto! Fiquei seguidora, por te saber numa qualquer janela - e eu não gosto de cortinas...
      Beijo (nOs lábios)!

      Eliminar